domingo, 16 de agosto de 2009

Desmistificando o Treinamento de Força

Desmistificando o Treinamento de Força (ou pare de ser um "doido" na academia) (parte I)

Como eu já falei, em algum post anterior, sou graduando em Educação Física e baseado na minha experiência em academias notei a existência de alguns mitos ou técnicas tidas como comuns nas salas de musculação, onde os atletas usam e abusam de certos métodos ou técnicas atrocidades visando significativos aumentos nos ganhos de força e massa muscular. Tendo em mente que muito do que o povo absorveu do senso comum é passado para as academias de musculação, venho por meio deste post discutir alguns equívocos que sempre acontecem nas academias do Brasil. Quando eu me refiro a um "doido" na academia, estou recordando dos alunos que malhavam mais pra impressionar do que pra obter ganhos, e também os malucos que esqueciam o descanso e treinavam Peito e Bíceps mais de 3 vezes semanais, e eu sempre gritava "- o quê que tu tá fazendo aí doido?"



Sim, sim, tem solução para o seu caso
1 Nº ideal de repetições
Esqueça a fórmula mágica, esqueça “o número ideal de repetições”, esqueça o que você leu em revistas “especializadas” e esqueça as séries imutáveis.
Para alcançar seus objetivos é imprescindível usar racionalmente todas as estratégias. Segundo boa parte dos verdadeiros especialistas tempos de contração próximos a 60 segundos, com repetições durando entre 4 e 6 segundos seriam indicados para compor a maior parte da elaboração dos treinamentos de hipertrofia, porém esta metodologia não deve ser a única.
Prender-se a números de repetições pode até prejudicar seu desenvolvimento. O segredo está em manipular todas as variáveis de acordo com o músculo, características individuais e o objetivo do treino. Pra isso basta achar um profissional competente. Pare de inventar novos métodos de treino. O cara do seu lado, de uniforme com o nome da sua academia e bem humorado, é seu professor e ele faz o que todo professor faz: ensina! e de quebra ainda tira suas dúvidas, então conversa mais com ele, esquece o marombeiro anabolizado que reveza o aparelho com você.

2 Amplitude do movimento

Quantidade não é qualidade: é comum vermos alunos afoitos, que após dominarem a técnica de execução do exercício, passam a executá-lo cada vez mais com um excesso de sobrecarga em decréscimo da amplitude do movimento É cada vez mais comum vermos os marombeiro com bíceps gigantes contudo, encurtados ou sem força (saibam que os ganhos de força muscular são coerentes ao ângulo de execução do movimento).
Faça os movimentos com a maior amplitude possível, pois será bom para sua saúde e para sua estética. Muitas vezes será necessário diminuir a sobrecarga, mas tenha em mente que isto não atrapalhará em nada seu treino, pelo contrário.

3 Variação da pegada

Exemplo do treino de Panturrilhas: É muito comum encontrarmos as pessoas realizando esses exercícios com algum tipo de variação, a fim de modificar, intensificar ou mesmo isolar uma determinada região do músculo. As principais são: adução e abdução dos pés ( / ou / ), na tentativa de trabalhar a parte mais lateral ( externa ) e respectivamente a medial( interna ). Isso se trata de uma tentativa equivocada, já que esses músculos possuem uma mesma inserção e as estruturas que formam essa inserção percorrem um trajeto com a mesma direção no membro, com isso essas variações não promovem nenhuma modificação no seu trabalho. O que vale é a intensidade do trabalho e uma boa amplitude do movimento. Prenda-se a isso!

continua aqui ...

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