domingo, 16 de agosto de 2009

O Olimpo não é na Grécia, é no Caribe!

O jamaicano Usain Bolt estabelece novamente uma marca, que vai além do recorde mundial na prova mais popular do Atletismo.





Até onde pode chegar o jamaicano Usain Bolt, de 22 anos, o homem capaz de correr 100 metros rasos antes que você termine de ler esta frase? Hoje 16 de Agosto de 2009, ele pulverizou o recorde que já o pertencia, estabelecendo uma marca de inacreditáveis 9s58 no Mundial de Atletismo de Berlim, protagonizando mais um feito pra entrar para a história do atletismo mundial, no mesmo lugar e prova que o americano Jesse Owens tinha humilhado não só o regime de Adolf Hitler, como também o estigma do preconceito que havia entre os americanos, nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Contudo, o maior feito de Usain Bolt foi não apenas vencer com recorde a prova dos 100m rasos e sim provar que nem tudo é fato quando se trata de limites humanos e ainda refazer os papéis de superioridade no esporte. De acordo com matemáticos e físicos citados pela revista americana “Wired”, o modelo matemático utilizado previa o tempo de 9s44 como o limite para os 100m rasos. Após o sucesso de Bolt, os cientistas já estão revendo sua posição. O americano Peter Weyand, especialista em fisiologia aplicada e biomecânica, havia cravado uma marca antes das Olimpíadas: O máximo que o homem completaria os 100 metros rasos seria 9s6. Não sabemos se Bolt é o super-homen, ou ainda o The Flash, ou o Hermes (Mercúrio) da mitologia grega (romana), se tem pacto com o diabo ou os seus adversários são "lentos",a sua marca de 9s58 força os pesquisadores a rever suas teses para o futuro do esporte. Para a ciência "A marca definitiva ficará em 9s29", aposta o matemático holandês John Einmahl. Será? Tudo isso, reforça Weyand, "até a introdução da manipulação genética no esporte." O ser humano, ao menos por ora, não alcança os animais. O leopardo, o felino mais veloz, é capaz de percorrer 100 metros em seis segundos. Igualar essa marca é humanamente impossível, escreve Ross Tucker no site Sports Scientists. Enfrentar bichos sempre foi um fascínio dos homens. Depois dos jogos de 1936 Jesse Owens corria contra cavalos e cachorros para ganhar a vida. Às vezes vencia. O outro feito de Bolt foi derrotar a supremacia americana na prova. A modalidade tem sido dominada por atletas norte-americanos desde a sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos de Verão em 1896. Em 1968, Jim Hines foi o primeiro homem a fazer os 100 metros rasos em menos de 10 segundos, marca mais tarde baixada para os 9s95. Este recorde durou quinze anos, até que outro norte-americano, Calvin Smith, chegou aos 9s93, em 1983. Bolt confirma não só uma vitória do seu país como também incentiva uma maior atenção ao esporte da América Latina. Tecnologias e técnicas ou treinamentos que possam melhorar a qualidade dos atletas não existem só na América do Norte. O fato da Jamica dominar as atuais provas de velocidade no índice masculino, com Bolt e Asapha Powell, e também no feminino, atual campeã olímpica, mostra uma realidade que muitos países vem buscando e o Brasil ainda não (ou pouco) conhece, a prática desportiva séria na educação básica. O domínio jamaicano, que põe o país como uma espécie de Quênia das provas curtas, tem explicação. "Corridas de velocidade são o passatempo nacional e fazem parte de um rígido currículo escolar esportivo", escreve o New York Times. Ante as acusações de postura arrogante de Bolt, capaz de celebrar antes de vencer, o Jamaica Observer respondeu: "Os invejosos não percebem que ele é apenas feliz e jovem, um homem vencedor que servirá de exemplo, para orgulho dos negros no Caribe". E quem sabe, do Brasil.

Mas nada se compara a ser um 'Usain Bolt' quando você realmente for cagaço precisar...

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